13/01/2010

Feirantes são transferidos pela prefeitura de Juazeiro do Norte

Quase um ano depois de iniciar as conversações sobre a retirada dos feirantes do centro da cidade, Santana finalmente conseguiu colocar em prática o seu projeto de deslocar os trabalhadores da tradicional feira de frutas para longe do centro de Juazeiro do Norte. Em nome da organização do trânsito e do embelezamento das principais vias públicas, Santana promoveu a sua versão de limpeza social. A feira de frutas e verduras, que desde a década de 70 é realizada na rua São Paulo foi transferida para um local em frente a igreja dos Franciscanos, um espaço pertencente à empresa de ônibus São Francisco. O crescimento do comércio informal, que tomou conta das vias públicas da cidade é culpa do modelo econômico adotado mundialmente, que joga um grande número de trabalhadores na situação do desemprego e do trabalho precarizado, sendo assim, milhares de pessoas enxergam no mercado informal a maneira de sobreviver.
A saída que a população espera para resolver o problema da ocupação de calçadas e ruas pelo comércio informal é bem diferente da imposição da prefeitura, o governo municipal encheu os feirantes de promessas, que vão desde a aquisição de bancas novas e padronizadas pela prefeitura até a construção de um novo piso no mercado central, o que proporcionaria a volta dos feirantes para o seu antigo local de trabalho. O retorno dos feirantes para o mercado central tem data marcada pela prefeitura, 2012. Ou seja, tomando as experiências dos antigos e atuais gestores da máquina pública, não há como dar nenhuma credibilidade às promessas de qualquer governante da região. Juazeiro hoje é marcado por uma porção de obras inacabadas, que serviram apenas para desvio de verbas e diversas irregularidades, como é o caso do interminável Centro de Apoio ao Romeiro, que atravessa várias administrações e não tem sua obra concluída. O prefeito Dr. Santana pratica a política de faxina social no centro da cidade em nome de um código de postura, jogando nas costas de centenas de famílias a culpa pelo crescimento desordenado da cidade, para os feirantes sobraram várias barracas quebradas, e a incerteza quanto a sobrevivência, até as promessas que a administração diz ter cumprido, foram cumpridas apenas pela metade, a estrutura prometida pela prefeitura não passa de um piso mal feito e dois banheiros que não funcionam. A mudança já preocupa grande parte dos feirantes, que em poucos dias de trabalho no novo local já sentiram a queda considerável nas suas vendas.

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