10/06/2011

Formação Política: O Imperialismo Contemporâneo

Neste sábado (11/06), o Psol Cariri convida a todos e todas para participarem de uma atividade de formação política do nosso partido. Trata-se de uma discussão acerca da etapa atual do imperialismo, que envolve o debate sobre a conjuntura econômica e a geopolítica do capitalismo contemporâneo.

Para esta atividade, sugerimos a leitura do texto do argentino Claudio Katz, O Imperialismo Contemporâneo, disponível para download no link abaixo:

Local: Urca - Campus Crajubar (Juazeiro do Norte)
Data e Horário: 11/06 (sábado) às 14:30 h.

27/04/2011

INSERÇÃO DO PSOL SOBRE ECOLOGIA



Aquele bordão é cada vez mais atual... e nos dias de hj mais dramático... "Meio ambiente, quero um inteiro"

26/04/2011

Construamos um 1º de maio classista




DIA 28 DE ABRIL: DIA NACIONAL DE LUTA DOS TRABALHADORES

Reproduzo o texto do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte acerca da mobilização do dia 28 de abril.

DIA 28 DE ABRIL: DIA NACIONAL DE LUTA DOS TRABALHADORES

A gloriosa revolução egípcia deu um exemplo histórico a todos os povos do mundo, expandindo os seus ventos para toda a Arábia e o mundo capitalista. A crise do modelo neoliberal é apresentada através de rebeliões dos trabalhadores ingleses contra a política de austeridade econômica do governo do primeiro-ministro David Carnero, onde cerca de meio milhão de pessoas foram às ruas de Londres para protestar contra cortes no orçamento do governo, configurando um campo de resistência dos trabalhadores europeus contra o Plano Merkel (da chanceler alemã Angela Merkel) que impõem fim de direitos trabalhistas e severos cortes no orçamento público.

Dentro deste contexto, o governo de Dilma Roussef não foge a regra. Começou frustrando as expectativas da maioria do povo brasileiro, trazendo consigo um aumento generalizado dos preços, o anúncio de cortes nos gastos públicos (R$ 50 bilhões), pagamento da dívida pública na ordem de R$ 300 bilhões e ameaças de retirada de direitos dos trabalhadores.

O povo árabe tem resistido as suas ditaduras nas ruas, mobilizando centenas de pessoas. A praça Tahir, no Cairo, ficou marcada como símbolo da resistência à ditadura egípcia, assim, no dia 28 de abril às 14 h, podemos e devemos transformar a Praça Dirceu Figueiredo (Praça da Prefeitura) na Praça Tahir, enfatizando nossa insatisfação em relação aos ataques da Presidente Dilma e dos prefeitos neoliberais de plantão, a exemplo do Dr. Santana, que atacam os direitos dos trabalhadores.

A administração do PT em Juazeiro do Norte (Prefeito Dr. Santana) segue a receita do governo Dilma, criminalizando as lutas da classe trabalhadora, ameaçando retirada de direitos dos professores, negando direito a gratificação de insalubridade aos profissionais de saúde e propondo arrocho salarial aos servidores municipais.

Por tudo isso, dizemos: É preciso lutar!

- 15,85% de reajuste salarial para todas as classes do magistério municipal de Juazeiro do Norte, conforme a Lei do Piso;
- 30% de reajuste para os servidores municipais de Juazeiro do Norte;
- Apoio à Elaboração, Aprovação e Implantação do PCCR da Saúde e das demais categorias;
- Campanha pelos 10% do PIB para a educação;
- Contra a reforma política antidemocrática;
- Apoio à frente contra as privatizações da saúde;
- Apoio à defesa das 30 h dos profissionais de saúde;
- Aumento geral dos salários e das aposentadorias;
- Valorização dos serviços e dos servidores públicos;
- Transporte público, de qualidade e não aumento das tarifas;
- Moradia digna para os trabalhadores;
- Não ao pagamento da dívida pública.

Dia 28 de abril - Paralisação Nacional
Todos na praça da prefeitura, às 14 h.

SISEMJUN / Filiado à CSP-Conlutas
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte - CE

23/04/2011

CINEDISCUSSÃO PSOL CARIRI: SEGUNDA-FEIRA AO SOL


Em uma pequena cidade industrial do norte da Espanha, se inicia mais uma semana, mas um grupo de amigos não vai trabalhar... Um relato bonito (e mesmo poético) sobre os sofrimentos e esperanças dos que perderam seus empregos e passam a SEGUNDA-FEIRA AO SOL. Um filme de Fernado León de Aranoa (mesmo diretor de Princesas).

EXIBIÇÃO SEGUIDA DE CONVERSA:
ONDE: CAMPUS URCA CRAJUBAR (Juazeiro do Norte)
QUANDO: 30/04 às 14:00

14/03/2011

14/03/1883 - O mundo perde Karl Marx

No dia 14 de março de 1883, o grande pensador do materialismo histórico deixava este mundo. Nós que nos reivindicamos marxistas e que fazemos da nossa vida uma trajetória de militância na luta social, sabemos a importância das ideias de Marx para a compreensão da história, da luta de classes e para a intervenção dos socialistas nas batalhas cotidianas. Deixo vocês com a tradução da fala de Engels em seu funeral. O texto foi extraído do site Arquivo Marxista na Internet.





Discurso no funeral de Karl Marx

Friedrich Engels - 18 de março de 1883


Em 14 de março, quando faltam 15 minutos para as 3 horas da tarde, deixou de pensar o maior pensador do presente. Ficou sozinho por escassos dois minutos, e sucedeu de encontramos ele em sua poltrona dormindo serenamente — dessa vez para sempre.

O que o proletariado militante da Europa e da América, o que a ciência histórica perdeu com a perda desse homem é impossível avaliar. Logo evidenciará-se a lacuna que a morte desse formidável espírito abriu.

Assim como Darwin em relação a lei do desenvolvimento dos organismos naturais, descobriu Marx a lei do desenvolvimento da História humana: o simples fato, escondido sobre crescente manto ideológico, de que os homens reclamam antes de tudo comida, bebida, moradia e vestuário, antes de poderem praticar a política, ciência, arte, religião, etc.; que portanto a produção imediata de víveres e com isso o correspondente estágio econômico de um povo ou de uma época constitui o fundamento a parir do qual as instituições políticas, as instituições jurídicas, a arte e mesmo as noções religiosas do povo em questão se desenvolve, na ordem em elas devem ser explicadas – e não ao contrário como nós até então fazíamos.

Isso não é tudo. Marx descobriu também a lei específica que governa o presente modo de produção capitalista e a sociedade burguesa por ele criada. Com a descoberta da mais-valia iluminaram-se subitamente esses problemas, enquanto que todas as investigações passadas, tanto dos economistas burgueses quanto dos críticos socialistas, perderam-se na obscuridade.

Duas descobertas tais deviam a uma vida bastar. Já é feliz aquele que faz somente uma delas. Mas em cada área isolada que Marx conduzia pesquisa, e estas pesquisas eram feitas em muitas áreas, nunca superficialmente, em cada área, inclusive na matemática, ele fez descobertas singulares.

Tal era o homem de ciência. Mas isso não era nem de perto a metade do homem. A ciência era para Marx um impulso histórico, uma força revolucionária. Por muito que ele podia ficar claramente contente com um novo conhecimento em alguma ciência teórica, cuja utilização prática talvez ainda não se revelasse – um tipo inteiramente diferente de contentamento ele experimentava, quando tratava-se de um conhecimento que exercia imediatamente uma mudança na indústria, e no desenvolvimento histórica em geral. Assim por exemplo ele acompanhava meticulosamente os avanços de pesquisa na área de eletricidade, e recentemente ainda aquelas de Marc Deprez.

Pois Marx era antes de tudo revolucionário. Contribuir, de um ou outro modo, com a queda da sociedade capitalista e de suas instituições estatais, contribuir com a emancipação do moderno proletariado, que primeiramente devia tomar consciência de sua posição e de seus anseios, consciência das condições de sua emancipação – essa era sua verdadeira missão em vida. O conflito era seu elemento. E ele combateu com uma paixão, com uma obstinação, com um êxito, como poucos tiveram. Seu trabalho no 'Rheinische Zeitung' (1842), no parisiense 'Vorwärts' (1844), no 'Brüsseler Deutsche Zeitung' (1847), no 'Neue Rheinische Zeitung' (1848-9), no 'New York Tribune' (1852-61) – junto com um grande volume de panfletos de luta, trabalho em organização de Paris, Bruxelas e Londres, e por fim a criação da grande Associação Internacional de Trabalhadores coroando o conjunto – em verdade, isso tudo era de novo um resultado que deixaria orgulhoso seu criador, ainda que não tivesse feito mais nada.

E por isso era Marx o mais odiado e mais caluniado homem de seu tempo. Governantes, absolutistas ou republicanos, exilavam-no. Burgueses, conservadores ou ultra-democratas, competiam em caluniar-lhe. Ele desvencilhava-se de tudo isso como se fosse uma teia de aranha, ignorava, só respondia quando era máxima a necessidade. E ele faleceu reverenciado, amado, pranteado por milhões de companheiros trabalhadores revolucionários – das minas da Sibéria, em toda parte da Europa e América, até a Califórnia – e eu me atrevo a dizer: ainda que ele tenha tido vários adversários, dificilmente teve algum inimigo pessoal.

Seu nome atravessará os séculos, bem como sua obra!